terça-feira, outubro 09, 2007

Relatório da III Assembleia Nacional da JUFRA



Caríssimos irmãos em Cristo, paz e Bem!
Louvado seja Deus pela nossa III Assembleia Nacional da Jufra, que realizou em Tarrafal de S. Nicolau de 01 a 06 de Setembro Sob o lema “Com Francisco de Assis até Jesus Cristo”. Participam neste evento 62 jovens, provenientes das ilhas do Fogo (6 de São Filipe e 5 de São Lourenço), Santiago (10 da Praia), Santo Antão (3 de Porto Novo), São Vicente (19), São Nicolau também com 19 elementos e mais 7 jovens da paróquia vizinha (Nossa Senhora do Rosário).
O evento que decorreu sob os olhares do frei Matias Silva Vice-Provincial dos Irmãos Capuchinhos de Cabo Verde e assistente espiritual do grupo de são Vicente, frei José Pires assistente nacional do grupo, frei Filomeno Silva e a irmã Vitoria Sousa assistente de Jufra da Praia.
Dia 1: de manhã chegaram a grupo de Fogo e Santiago, onde foram recebidos pelos grupos de S. Vicente, Santo Antão e S. Nicolau. Reunimos à tarde no salão Paroquial para uma breve apresentação dos grupos de cada ilha e divisão dos grupo de trabalho onde cada grupo tinha como nome lugares por onde o Pai Francisco passou, sendo eles: Assis, Greccio, Porciúncula, São Damião, Rivotorto, Alverne, Spoletto, Gubio, Carceri e Perugia.
Num ambiente de muita festa começámos as actividades com uma noite cultural cabo-verdiana que teve também como o objectivo a abertura da preparação da festa de São Francisco de Assis e do segundo aniversário da paróquia.
Dia 2: apresentação solene do movimento a comunidade no Domingo de manha na Eucaristia. Á tarde ficou marcado com um passeio as localidades de Cabeçalinho e Cachaço.
Dia 3: Tivemos de manhã o nosso 1º encontro de trabalho, com leituras de resumo das Actas desde ultima assembleia até à data actual. No período da tarde o frei Matias fez exposição do tema: Francisco de Assis fala aos Jovens. Tínhamos Eucaristia geralmente ás 18H30. De noite fazíamos convívio, distribuição das cartas do amigo secreto, avaliação do dia e Oração (completas).
Dia 4: Iniciamos o dia com Laudes. Os grupos de trabalhos estiveram a rever o Regulamento Interno de Jufra na 1ª metade de manhã, na outra metade reunimos todos para discussão e aprovação de alguns tópicos para o melhoramento do grupo. Na 1ª parte da tarde o plenário da revisão do Regulamento Interno. No fim da tarde fomos em missão pelas zonas do Tarrafal. Convidando a população para vir e conhecermos um pouco mais num convívio a realizar no dia 5 a noite.
Dia 5: bem cedo partimos rumo a vila de Ribeira Brava, onde no Seminário /liceu o Jovem Frei Mauro contou-nos um pouco da sua vivência em Cabo-verde. Demos um passeio pela vila cantando e dançando. Na Igreja considerado por muitos como sendo a mais linda de Cabo Verde o Pároco Frei Samuel falou-nos um pouco sobre a sua história. A tarde estivemos na localidade de Preguiça. De noite a comunidade de Tarrafal juntou-se a nós numa noite cultural!
Dia 6: tivemos de manhã a conclusão da revisão e aprovação do Regulamento Interno de Jufra. Ao meio-dia tivemos Eucaristia com realização de 5 compromisso e renovação de compromisso. A tarde ficou marcada pela avaliação e conclusão da Assembleia. No final do dia os grupos do Fogo e Santiago regressaram à casa, tendo o grupo de santo Antão e S. Vicente regressado no dia 8.
Em resumo foi assim a III Assembleia nacional, que numa única palavra posso dizer que foi sensacional!
Votos de uma boa festa de S. Francisco!
Um abraço Fraterno.
Flávio de Pina.

quinta-feira, outubro 04, 2007

São Francisco de Assis!!

No dia 4 de outubro celebramos São Francisco de Assis, que nasceu na cidade de Assis, na Itália, em 1181 (ou 1182). Filho de um rico comerciante de tecidos, Francisco tirou todos os proveitos de sua condição social vivendo entre os amigos boêmios.
Tentou, como o pai, seguir a carreira de comerciante, mas a tentativa foi em vão.
Sonhou então, com as honras militares. Aos vinte anos alistou-se no exército de Gualtieri de Brienne que combatia pelo papa, mas em Spoleto teve um sonho revelador: Foi convidado a trabalhar para "o Patrão e não para o servo".
Suas revelações não parariam por aí. Em Assis, o santo dedicou-se ao serviço de doentes e pobres. Um dia do outono de 1205, enquanto rezava na igrejinha de São Damião, ouviu a imagem de Cristo lhe dizer: "Francisco, restaura minha casa decadente".
O chamado, ainda pouco claro para São Francisco, foi tomado no sentido literal e o santo vendeu as mercadorias da loja do pai para restaurar a igrejinha. Como resultado, o pai de São Francisco, indignado com o ocorrido, deserdou-o.
Com a renúncia definitiva aos bens materiais paternos, São Francisco deu início à sua vida religiosa, "unindo-se à Irmã Pobreza".
A Ordem dos Frades Menores teve início com a autorização do papa Inocêncio III e Francisco e onze companheiros tornaram-se pregadores itinerantes, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade.
O trabalho foi tão bem realizado que, por toda Itália, os irmãos chamavam o povo à fé e à penitência. A sede da Ordem, localizada na capela de Porciúncula de Santa Maria dos Anjos, próxima a Assis, estava superlotada de candidatos ao sacerdócio. Para suprir a necessidade do espaço, foi aberto outro convento em Bolonha.
Um fato interessante entre os pregadores itinerantes foi que poucos, dentre eles, tomaram as ordens sacras. São Francisco de Assis, por exemplo, nunca foi sacerdote.
Em 1212, São Francisco fundou com sua fiel amiga Santa Clara, a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Já em 1217, o movimento franciscano começou a se desenvolver como uma ordem religiosa. E como já havia ocorrido anteriormente, o número de membros era tão grande que foi necessária a criação de províncias que se encaminharam por toda a Itália e para fora dela, chegando inclusive à Inglaterra.
Sua devoção a Deus não se resumiria em sacrifícios, mas também em dores e chagas. Enquanto pregava no Monte Alverne, nos Apeninos, em 1224, apareceram-lhe no corpo as cinco chagas de Cristo, no fenômeno denominado "estigmatização".
Os estigmas não só lhe apareceram no corpo, como foram sua grande fonte de fraqueza física e, dois anos após o fenômeno, São Francisco de Assis foi chamado ao Reino dos Céus.
Autor do Cântico do Irmão Sol, considerado um poeta e amante da natureza, São Francisco foi canonizado dois anos após sua morte.
Em 1939, o papa Pio XII tributou um reconhecimento oficial ao "mais italiano dos santos e mais santo dos italianos", proclamando-o padroeiro da Itália.