sexta-feira, dezembro 21, 2007

Boas Festas !!!!!!!!

Caros irmãos na fé Paz e Bem!!
Já estamos no fim de mais um ano de muito trabalho, de realizações e alguns fracassos, pois desses factores nenhum pobre mortal pode esquivar. Mas é sempre gratificante e é de louvar e dar graças ao nosso Salvador por todos os dias que vivemos, e é de louvar ainda mais quando ele nos abençoa com a passagem de mais um ano na nossa vida.
E nessa quadra em que comemoramos o nascimento do Salvador, temos de nos unir ao mesmo ideal, que é o de procurar sempre a salvação ao pé de Cristo, mesmo que muitos utilizam esses dias de comemoração do nascimento do Salvador para festejar mas esquecendo-se da verdadeira essência da data, comemoram, trocam presentes, fazem festas, mas nem se lembram da figura principal da festa que é o aniversariante.
E para nós cristãos essa festa tem de ser diferente, centrada em Cristo Jesus, e para aqueles que como nós decidiram seguir Cristo a maneira daquele que tão bem o soube fazer, Francisco de Assis, essa quadra tem um sabor especial, pois, Francisco amou de tal forma nosso Salvador que quis ver e sentir de novo o nascimento do pobre menino Jesus numa manjedoura, realizando pela primeira vez na história um presépio ao vivo, simbolizando o real nascimento de Cristo, e por isso, para nós o natal tem um sabor ainda mais especial, e tem uma motivação extra, por ser o nosso seráfico pai Francisco a nos dar o exemplo da importância da ocasião, e de como deve ser vivida.
Aproveito ainda para desejar a todos um santo natal em Cristo, e que o ano de 2008 seja um ano de muitas bênções, realizações e maravilhas.

A todos BOAS FESTAS!!!!!

terça-feira, dezembro 11, 2007

A JUFRA E A PARÓQUIA

A JUFRA E A PARÓQUIA
Risco de rivalidade ou possilibidade de integração

Frei Bruno Perrot, frade capuchinho da Provincia de Piemonte, foi muitos anos assistente da JuFra e é ainda assistente espiritual da OFS, fraternidade de Fossano. Ele faz esta reflexão tendo como pano de fundo a experiência vivida nesta região da Itália. Transportanto esta experiência para a nossa realidade constatamos que em algumas paróquias acontece exactamente a mesmissima coisa.

A Igreja é o povo de Deus, a comunidade dos crentes cristãos. A Igreja Universal compreende todos os cristãos e está subdividida em Dioceses que têm como pastor o Bispo. A Diocese, por sua vez, é subdividida em comunidades paroquiais.
O Espírito Santo suscitou, dentro da Igreja Universal, carismas particulares que, no curso da história, deram origem a várias formas de Vida Consagrada (monges, frades, freiras, etc.). O carisma de S. Francisco deu origem tanto a Ordens de Vida Consagrada como a uma Ordem de leigos, a Ordem Franciscana Secular (OFS). Faz parte do carisma franciscano também a JuFra, isto é, uma fraternidade composta de jovens que querem viver a sua juventude guiados pela espiritualidade franciscana.
A igreja, portanto, é um organismo complexo, não reduzível a expressões territoriais, como por exemplo as paróquias. Uma fraternidade da JuFra pode ser composta de jovens provenientes de diferentes paróquias. A JuFra para viver bem o seu carisma precisa de formação, de encontros fraternos e para isto é necessário tempo e energia [Pensando nisto o nosso Estatuto difende que quem pertence à JuFra não deve pertecer a outros grupos juvenis]. Por este motivo os jovens da JuFra, às vezes, [Em Cabo Verde, pouquissimas vezes] não estão disponíveis a prestar serviços na paróquia. Não se pode fazer tudo e tudo bem feito.
Em Piemonte (Itália) dá-se que a JuFra não é bem vista pelos párocos porque parece “roubar” os jovens das próprias paróquias. Na verdade, não existe nenhuma concorrência com nunhuma paróquia, porque a experiência dos jovens franciscanos é uma experiência forte de fraternidade cristã e de minoridade franciscana evangélica e não impede a ligação e relação com o resto da Igreja, antes, ajuda os jovens da Jufra a serem testemunhas no mundo de hoje aquilo que vivem em fraternidade. O caminho da JuFra tem um término e a pessoa uma vez adulta e tendo interiorizado os valores da espiritulidade franciscana pode levar à paróquia um válido testemunho e colaborar activamente nas actividades da comunidade paroquial. É importante não fechar-se mas dialogar pondo a frutificar aquilo que o Espirito sugere.

Texto de Frei Bruno Perrot, capuchinho
Tradução do italiano, introdução e parenteses: Frei Gilson Frede, capuchinho